Rodrigo Matos de Souza

Rodrigo Matos

Professor Permanente de Pós-Graduação em Educação, Modalidade Profissional

Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8788-4966

Contato (e-mail): rodrigomatos@unb.br

Minibiografia:

É professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília – UnB. Possui graduação em Pedagogia, mestrado em Estudos da Linguagem e doutorado em Educação e Contemporaneidade, todos pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Realizou estágio pós-doutoral nas universidades de Sevilha, Espanha, e Tours, França. Atualmente é professor permanente dos programas de pós-graduação em Educação – Modalidade Profissional (PPGEMP) e em Direitos Humanos e Cidadania (PPGDH). Foi presidente da Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica entre 2020 e 2023, e foi vice presidente da mesma associação no período 2018-2020. É membro da ASIHVIF – Association internationale des histoires de vie en formation et de recherche biographique en éducation, atualmente como membro do C.A. Foi editor-chefe da revista Linhas Críticas (2018-2022), atualmente é seu editor-adjunto. Foi professor e investigador convidado em universidades da Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, França e Portugal. Tem livros, capítulos de livros e artigos publicados em diferentes países. Trabalha com os seguintes temas de pesquisa: Educação de Jovens e Adultos; Migração Internacional Contemporânea; Pesquisa (Auto)Biográfica; Pensamentos Pós-Ocidentais (Estudos Subalternos, Pós-Colonialismo, Decolonialidade, Pensamento Latino-Americano). 

Área de Concentração: 

  • Desenvolvimento Profissional e Educação

Projeto de Pesquisa: 

Título: Narrativas Migrantes: formação, identidade e reinvenção de si

Descrição: 

Na última década, o fenômeno da migração desembarcou em profusão nas margens das Ciências Humanas, provocando-as a pensar o acontecimento, ao mesmo tempo em que a convivência entre os grupos, que buscam a sobrevivência através da fuga, do exílio com os grupos já fixados no território de destino, ganhava materialidade ao redor do mundo. Essa situação tem provocado uma série de tentativas de categorizações e iniciativas legais para se tentar dar conta do fenômeno, desde abordagens baseadas nos Direitos Humanos até reedições de propostas inspiradas nas soluções finais dos regimes totalitários da primeira metade do século XX, cujo mal banal produziu um ambiente cujo extermínio do outro encontrou justificativa. O Brasil, após a promulgação da Lei de Migração (BRASIL, 2017), posiciona-se como uma nação de acolhida para sujeitos em situação de refúgio, exílio ou que por alguma necessidade compreenda que o país é um destino possível para a salvaguarda de seus direitos e condição humana. Objetiva conhecer a inserção dos sujeitos migrantes no sistema educativo brasileiro e as demandas que o fenômeno da migração traz para os diversos níveis da educação no Distrito Federal. O projeto possui a participação de pesquisadores brasileiros e espanhóis com financiamento da Universidade de Sevilla, Edital DPI/DPG N 02/2021, da Chamada Interna 002/2021 do Programa de Pós-Graduação em Educação Modalidade Profissional e da Chamada Universal do CNPq/MCTI/FNDCT n 18 Faixa A Grupos Emergentes.

Título: Colonialismo/colonialidade e educação: cenários de resistência e subordinação

Descrição: 

O debate pós-colonial produziu efeitos significativos em muitas áreas das Humanidades , a virada cultural e depois o giro decolonial produziram verdadeiro deslocamento de sujeitos, narrativas e identidades que, se antes possuíam alguma estabilidade, foram confrontadas por outras formas de ser, outras formas de existir e outras formas de pesquisar nas universidades. O sujeito aparentemente estável da modernidade/colonialidade teve sua posição confrontada pela representação de outro sujeito, que questiona a modernidade em seu âmago, em seu projeto de mundo e sua forma de narrar o outro. A racionalidade, ou o projeto de racionalidade da modernidade encontrou uma alternativa que não a nega totalmente, mas tensiona sua forma de produção de conhecimento, seus pressupostos e sua pretensa universalidade, reivindicando-a também para este outro, e afirmando que a universalidade qualquer que seja ela, só encontrará lugar quando incluir em suas categorias nós, que historicamente fomos os objetos da antropologia, da sociologia e das artes europeias. Nós, os não pertencentes à categoria humano, nós, estes sujeitos de países bárbaros que agora se colocam a pensar seus problemas recorrendo a suas próprias fontes, teorias e métodos e vemos com iluminada desconfiança os conceitos e práticas e métodos que não nos vejam horizontalmente como iguais, como sujeitos capazes de discutir também o que é o humano . A educação, enquanto campo de produção científica, diante deste cenário vive uma situação esquizofrênica: ao mesmo tempo em que é território de luta dos sujeitos subalternos e pós-coloniais pelo reconhecimento de seu lugar de fala, é também ultima trincheira do pensamento moderno, de sua colonização das subjetividades, onde persistem estruturas de dominação, tais como: a instituição escolar, os regimes disciplinares, as salas de aula e seu controle dos corpos, posições cristalizadas que representam o reconhecimento do conhecimento, como o professor, o sujeito apartado do conjunto dos que não têm conhecimento reconhecido como válido, os alunos.Neste projeto de pesquisa tenho o objetivo revisitar os marcos teóricos da educação latinoamericana e brasileira, questionando-os, em suas diferentes tradições, naquilo que reforçam os traços da colonialidade do saber provocando-os pela proposta de uma um reflexão nos marcos de uma Pedagogía da Resistência , no qual se pretende identificar a forma como teorias consagradas do campo educacional reproduzem elementos de dominação epistemológica, reforçam processos de epistemicídio e justificam, muitas vezes, a necropolítica de estado em sociedades desiguais como as latinoamericanas. No projeto atuam pesquisadores brasileiros da UnB e UFBA e possui financiamento do Edital 01/2021 – Chamada Pública de Financiamento de projetos de pesquisa.

   Link do Grupo de Pesquisa CNPq

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