Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação, Modalidade Profissional
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4358-4558
Contato (e-mail): emiliaclbiato@unb.br
Minibiografia:
Emília Biato é professora associada da Universidade de Brasília (UnB), atuando nos Programas de Pós-Graduação em Odontologia e Educação, além do Departamento de Odontologia. Graduada em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense (1999), possui mestrado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (2003), doutorado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (2015) e pós-doutorado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2023-2025). Tem experiência em Saúde Coletiva e tem se dedicado à pesquisa em Ciências Humanas e Sociais em Saúde, a partir de referenciais da filosofia da diferença, com os temas: educação em saúde, didática, pesquisa qualitativa em saúde e educação e conceito de saúde-doença. Além disso, tem ampla participação em eventos acadêmicos e pesquisa interdisciplinar em saúde coletiva.
Área de Concentração:
- Desenvolvimento Profissional e Educação
Projeto de Pesquisa:
Título: Composição de sentidos de saúde-doença: diversidade e criação em processos educativos e investigativos
Descrição:
Em reconhecimento da existência de diferentes composições do conceito de saúde torna-se relevante a busca por uma abordagem que permita perceber a profundidade e a complexidade das dimensões macrossociais do fenômeno e, de igual modo, das dimensões microssociais, nas expressões daquele que diz de seus modos de viver, adoecer e morrer. Nota-se uma lacuna no que respeita à persistência de eternas dicotomias, como a que se estabelece entre estrutura e indivíduo ou entre determinismo e agência, nas abordagens sobre o processo saúde-doença. Estas dicotomias permeiam os processos formativos na área da saúde e as práticas de educação e atenção à população nos sistemas públicos, dificultando o planejamento e as ações de promoção da saúde. Nesta proposta, a intenção é a de partir dos conceitos históricos e circulantes de saúde-doença, discutir e aprofundar paradigmas promissores ao pensamento sobre o tema e abordá-los em mais uma via: a do pensamento da diferença, de Jacques Derrida e Gilles Deleuze. Trata-se de uma instigação-ação em torno do conceito de saúde-doença, a ser realizada em quatro frentes: 1. Trataremos o tema a partir da história do pensamento sobre saúde-doença e conceitos relacionados, buscando encontrar lacunas, pontos de cegueira e normatizações, que possam sinalizar os padrões estruturais desses significantes, no campo da Saúde Coletiva e nos processos formativos na área da saúde. 2. Analisaremos os indicadores de saúde em uma população infantil da região rural do INCRA 7, em Brazlândia, em associação com a realização de ações de educação em saúde no ambiente escolar, direcionadas às necessidades de saúde levantadas e em experimentação de vias de fuga aos modelos educativos meramente prescritivos. 3. Faremos uma escuta de vivências de professores e estudantes da área de saúde, relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem do conceito de saúde e doença, a partir de formulários com questões abertas. 4. Sistematizaremos elementos produzidos nas etapas 1, 2 e 3 em associação com modos de realizar pesquisas qualitativas em saúde disponíveis na literatura acadêmica, especialmente quando se trata de conceitos relacionados à experiência com saúde-doença-cuidado. Espera-se propor vias para a realização de estudos qualitativos críticos nesse campo de conhecimento.